Aviso: Acordo Nuclear com o Irão preanuncia guerra e não um “Avanço”

 

Originalmente publicado em Novembro de 2013, o artigo, “Acordo Nuclear Com o Irão Preanuncia Guerra, Não Um “Avanço” alertou para uma conspiração documentada e premeditada, para usar um “acordo” monumental com o Irão como um pretexto não para a paz, mas na realidade para a guerra e mudança de regime.

A exaltação agora varre as manchetes da Imprensa Ocidental sobre um “acordo nuclear histórico” que “Obama fez” justificando assim o Prémio Nobel da Paz que lhe foi atribuído “prematuramente” há vários anos atrás. Para aqueles cientes da artimanha do jogo, tais sentimentos serão inevitáveis e completamente traídos pelo que vem a seguir.

O público global deve lembrar que existe actualmente uma guerra que assola a Síria às portas do Irão. O único propósito desta guerra, organizada e dirigida pelo Ocidente, alimentada por biliões de dólares, armas e inundada com soldados organizados e recrutados em todo o mundo pela NATO e seus aliados, é de destruir o principal aliado regional do Irão antes de inevitavelmente destruí-lo. Se a guerra na Síria ainda está a ser travada, então pode-se ter certeza de que a “guerra por procuração”, por sua vez sendo travada contra o Irão ainda está acesa.

O “acordo nuclear”, como foi planeado para ser desde o princípio, é um estratagema. O artigo de 2013, Acordo Nuclear Com o Irão Preanuncia Guerra e, Não Um Avanço, explica na sua totalidade:

… qualquer operação militar contra o Irão será provavelmente muito impopular em todo o mundo e requer um contexto internacional adequado — para garantir o apoio logístico da operação e minimizar um contra-ataque do mesmo.  A melhor maneira de minimizar o opróbrio internacional e maximizar o apoio (quer seja relutante ou dissimulado) é de apenas atacar quando existir uma convicção generalizada de que foram dadas aos Iranianos uma oferta soberba mas que em seguida foi rejeitada. – uma oferta tão boa que somente um regime determinado a adquirir armas nucleares e pelas razões erradas recusaria. Nessas circunstâncias, os Estados Unidos (ou Israel) poderiam afirmar que as  suas operações foram tomadas com grande tristeza e, não raiva e pelo menos alguns membros da comunidade internacional, concluiriam que os próprios  iranianos colocaram-se nessa situação, ao recusarem um acordo muito bom.

 

Escrito há anos atrás, como os EUA, a Arábia Saudita e Israel já planeavam invadir o país vizinho e aliado do Irão, a Síria, com a Al Qaeda de modo a enfraquecer a República Islâmica antes da guerra inevitável, esta citação expõe totalmente a charada actual que é o acordo nuclear com o Irão.

O Ocidente não tem intenção de fazer qualquer acordo duradouro com o Irão, visto que as capacidades nucleares, até mesmo a aquisição de armas nucleares por parte do Irão nunca foi verdadeiramente uma ameaça existencial para as nações Ocidentais ou para os seus parceiros regionais. A questão do Ocidente com o Irão é a sua soberania e a sua capacidade de proteger os seus interesses em esferas tradicionalmente monopolizadas pelos EUA e o Reino Unido em todo o Oriente Médio. A menos que o Irão planeia abdicar a sua soberania e influência regional, juntamente com o seu direito de desenvolver e utilizar a tecnologia nuclear, a traição de qualquer acordo nuclear é quase inevitável, assim como é a guerra que vem a seguir.

Expor a duplicidade que acompanha os esforços Ocidentais para chegar a um acordo enfraquecerá severamente a sua tentativa de usar no futuro o acordo como desculpa para justificar as operações militares contra o Irão. O Irão e os seus aliados, devem estar preparados para guerra, ainda mais quando o Ocidente finge interesse na paz. A Líbia é um exemplo perfeito do destino que aguarda as nações censuradas pelo Ocidente que baixam a sua guarda – é literalmente uma questão de vida ou morte para os líderes e para as nações como um todo.

Fonte:

http://www.activistpost.com/2015/07/warning-nuclear-deal-with-iran-prelude.html