Acordando da maior ilusão do mundo
Vivemos aqui na terra, juntamente com biliões de seres humanos. Que vivemos, é um fato empírico irrefutável. Da mesma forma, o fato que outras pessoas vivem na terra, é também um fato empírico.
Nós não nos limitamos a viver, mas no entanto, também somos personalidades. Somos personalidades semelhantes uns aos outros em vários aspectos e, em grande parte diferentes uns dos outros em outros aspectos. Que somos personalidades, diferentes uns dos outros também é um fato empírico para nós.
Fora destas duas experiências, no entanto, apenas uma é verdadeira e a outra falsa. Apenas uma é um fato e a outra uma ilusão e, é a maior ilusão do mundo.
O INÍCIO DA ILUSÃO
Olhemos mais de perto e examinemos qual das duas experiências é verdadeira e qual não passa de uma mera ilusão.
A nossa vida neste mundo começa quando nascemos. É óbvio que estamos vivos, mas ainda não desenvolvemos uma personalidade. Nessa altura, apenas conhecemos a simplicidade e a grandeza do momento presente da existência.
Na medida que crescemos a sociedade e a sua cultura, moldam a nossa personalidade. Nós obtemos uma personalidade quando o nosso Ego se desenvolve. Este é um passo inevitável na evolução da Consciência, então não há nada de errado com isso. Nasce o Ego, o pequeno Eu separado, como um foco da Consciência. Aquele pequeno Eu obtém experiência sobre si mesmo e do mundo. No curso natural da evolução e, como resultado da experiência adquirida, o Ego retira-se para dar forma ao processo, resultado do qual a consciência desperta para a sua própria existência através de uma forma humana.
O progresso deste processo evolutivo pode, no entanto, ser impedido por uma ilusão: a ilusão de que o indivíduo está a se tornar alguém ou seja uma personalidade. Nos tornamos alguém, uma personalidade, quando começamos a nos identificarmos com o Ego, com esse pequeno Eu separado. Sob essa ilusão, acreditamos que o Ego é uma realidade e que somos idênticos ao Ego e, o desenvolvimento do pequeno Eu separado na verdade é a base do nosso desenvolvimento pessoal. Hoje em dia é praticamente impossível evitar esse tipo de ilusão, uma vez que a humanidade tem vivido nela por milhares de anos. A decepção tornou-se independente e, a ilusão do Ego é agora uma realidade para toda a humanidade, incluindo, naturalmente, nós.
A NATUREZA DA ILUSÃO
A nossa identificação com o Ego faz-nos, portanto, alguém, uma personalidade. Por outro lado, a nossa identificação com o Ego será a raiz de todos os nossos problemas e sofrimento. Visto que ao nosso redor todo mundo considera o Ego como a parte mais importante da sua vida, também somos criados pelos nossos pais para termos um Ego forte, um ponto central em nossa vida, para quando atingirmos a idade adulta. É necessário porque a nossa sociedade – e a sua cultura – favorece e adora os indivíduos com um Ego poderoso.
Os nossos pais e professores nos educam no espírito do esforço permanente para que nos tornemos alguém, para que nos tornemos pessoas fortes e, sejamos diferentes do que somos agora (tornar-se maior, mais importante e melhor do que as outras pessoas).É por isso que sempre que vemos as outras pessoas, nos comparamos e avaliamos com elas. Durante todo esse tempo, também tentamos ajustar as nossas acções e actos às expectativas e opiniões dos outros. Continuamos a lidar com o passado e o futuro e, nunca temos tempo suficiente para parar e perceber a imensa ilusão por trás da nossa vida.
O FIM DA ILUSÃO
Uma ilusão só pode sobreviver se for continuamente fomentada e nutrida. Se olharmos à nossa volta com olhos inocentes (isto é, através dos olhos livres de qualquer tipo de opinião) logo perceberemos como cada sociedade nutre e fomenta através das suas várias instituições, a ilusão do pequeno Eu separado, ou seja o Ego. Como as sociedades nutrem a ilusão do “estatuto” em nós e em todos os outros. Tudo isso pode acontecer porque cada sociedade, cada cultura é baseada em indivíduos e, se os indivíduos desaparecem, eles acordam do seu “estatuto”, o antigo modus operandi dessa sociedade desmorona.
É por isso que Eckhart Tolle está completamente certo quando afirma que o mundo só pode mudar a partir de dentro. A mudança interna significa acordar do nosso “estatuto” e começar a entender qual é a nossa missão no progresso evolucionário da Consciência.
Devemos, portanto, acordar da ilusão do nosso “estatuto”, a fim de concentrar a nossa atenção na realidade. Que a realidade não é nada mais do que o fato empírico mais profundo na nossa vida, ou seja, o fato de que vivemos e, que somos parte de uma consciência vibratória, cheia de vida. Essa é a realidade que nos foi encoberta pela ilusão, o erro de termos concentrado todos os nossos esforços em manter o nosso “estatuto”.
Se pararmos de nutrir essa ilusão, ela desaparecerá depois de algum tempo. Para cortar a linha de poder da ilusão, devemos aprender a perceber a vivacidade e a beleza do momento presente. Quando formos capazes de aceitar o momento presente, seremos capazes de nos aceitarmos e seremos capazes de desfrutar a simplicidade, tranquilidade e a paz da existência. O Ego e a experiência do “estatuto” em seguida desaparece e, continuamos a ser nada além de pura energia vibratória, ou seja, a própria vida.
Fonte:
http://www.wakingtimes.com/2015/06/02/waking-up-from-the-biggest-illusion-in-the-world/
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