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Deixe de Tentar Ser Normal, Devemos Nutrir a Nossa Diversidade

mg22830413_600-1_800 (Cópia)A ideia de que existe uma maneira ideal de pensamento, pode fazer com que seja mais difícil aceitar as pessoas que pensam de forma diferente. Mas a grandeza reside em diferentes formas de pensar.

Será que sou uma pessoa normal? Esta é uma pergunta que a maioria de nós faz de vez em quando. Somos perturbados pela voz interior ou por pequenas obsessões estranhas; Preocupamo-nos pelo facto de sermos diferentes e de termos fraca capacidade de concentração ou autocontrolo. Mas sem acesso directo aos pensamentos de outras pessoas, dispomos apenas de um vaguíssimo conhecimento.

A ciência nos deu maneiras de saber. Podemos avaliar os estados e capacidades mentais através do uso de técnicas, que vão desde testes psicológicos até a ressonância magnética. Estes exames nos oferecem a oportunidade de nos comparar-mos com os outros, embora de uma forma muito errónea. E vemos uma variação substancial, transformando a ideia de normalidade em algo discutível.

Isso pode ser, tanto boa como má notícia, fazendo com que a ideia de ser um dissidente seja menos preocupante. Mas, ironicamente, também pode reforçar a ideia de que certos estilos de pensamento sejam melhores ou mais desejáveis do que os outros – e, que portanto, existe uma norma que devemos todos aspirar. Tais normas podem fazer com que seja mais difícil aceitar e assimilar a diversidade.

Isto pode tornar-se um problema, na medida que o funcionamento mental se torna uma rotina. Na verdade, já estamos a ver o início deste processo através de testes psicométricos, em escolas e locais de trabalho, o aumento do uso de drogas que favorecem o rendimento cognitivo e a medicalização do comportamento que antes era simplesmente considerado peculiar.

Há um facto que deve ser sublinhado, que concentrar-se na normalidade obscurece os aspectos positivos de pensar de forma diferente. Pesquise nos relatos da arte, ciência ou literatura e é impressionante quantas figuras importantes são descritas como excêntricas, inábeis ou distraídas. Nós devemos muito aos que pensam de forma diferente da norma.

Essa é uma razão para festejar a ascensão do Movimento da Neurodiversidade, um ramo do ativismo para o direito dos autistas. Muitas escolas e alguns empregadores ajustaram os seus ambientes para utilizarem as capacidades e atender as necessidades dos indivíduos não-neurotípicos. Os eventos sociais estão a seguir o exemplo. Esperemos que continuemos a aprender o que é normal e de fato, bom, para ser diferente.

Fonte:

https://www.newscientist.com/article/mg22830413-600-forget-trying-to-be-normal-we-should-nurture-our-diversity/

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