Remove A Tua Máscara, Pois O Teu Rosto É Glorioso
Remove a tua máscara, pois o teu rosto é glorioso ~ rumi
Na nossa vida diária, tendemos a cobrir o nosso verdadeiro rosto com um conjunto de máscaras. A nossa identidade pessoal é a colecção das nossas várias máscaras. Nós, colocamos imediatamente uma dessas máscaras sempre que estivermos acompanhados. Sempre que houver outra pessoa na sala connosco, uma das nossas máscaras que corresponde com a situação e com a pessoa, é automaticamente colocada.
Durante a nossa vida, nós mesmos criamos estas máscaras de forma inconsciente, sob a influência dos nossos pais e professores. Quando éramos crianças, fizemos esforços para atender todas as inumeráveis expectativas da sociedade que chegavam através dos nossos pais e professores.
Talvez a primeira destas máscaras é a mascara do “bom menino”, visto que os nossos pais nos condicionaram para os padrões de comportamento dum “bom menino”. Então, à medida que crescemos, o número das nossas máscaras começam a aumentar de forma constante.
Em nossa vida diária, precisamos de uma grande variedade de máscaras, a medida que nos deparamos com um grande número de pessoas e situações diferentes e, dispomos de uma máscara apropriada para cada situação. Tendemos a nos comportar de forma diferente com o nosso chefe ou com os nossos subordinados, com os nossos filhos, com o nosso marido e esposa, com os nossos amigos e com os nossos inimigos.
A nossa identidade, portanto, é composta pela soma total das nossas máscaras que mostramos para o mundo exterior e, muitas vezes nem sequer estamos conscientes disso. Estas máscara nos foram impostas pela sociedade e, depois de um tempo, começamos a nos identificar com as máscaras. Por fim, acabamos por nos identificar completamente com as máscaras.
Quem Somos Para Além Das Nossas Máscaras?
Nós somos o espaço da Consciência pura e, os conceitos, as emoções e ideias com as quais anteriormente e erroneamente identificamos todo o nosso Ser, estão na verdade dentro de nós.
É possível experimentar directamente este Milagre, este espaço puro da Consciência. Trata-se de uma nova dimensão da qual não nos apercebemos antes. A verdade é que, esta é a única dimensão que existe, na qual são projectadas as formas do mundo externo e, nela experimentamos as nossas sensações corporais, emoções e ideias que não são nada mais do que fenómenos desta dimensão.
Portanto, descobrimos uma nova dimensão e essa nova dimensão, esse Milagre é um espaço antigo, indescritível, mas sensato, vivo e infinito, o vazio onde as sensações corporais, emoções, ideias e formas físicas surgem e desaparecem, como as ondas na superfície do oceano. Sabemos que esse Milagre existe; É a única vida existente.
Existe, assim como um antigo espaço vazio vivente, uma Consciência consciente de si mesma, que compreende tudo. Não há nada fora dela, tudo o que existe nasce dentro dela, dentro do seu espaço, como as suas manifestações. Este estado é caracterizado pela tranquilidade, profundo silêncio, paz e amor eterno.
Nós constatamos que este Milagre , esta “coisa” misteriosa está além do tempo, não tem início nem fim, nunca nasceu e nunca morrerá. Se não existem formas dentro, então não estará consciente de si mesma, ela só existe “passivamente”, dormindo sem sonhos. Uma vez que as formas forem criadas, ela desperta para a existência dessas formas e, reconhece -se como o criador das formas e, desperta para a sua própria existência.
Se uma pessoa não só experiencia o Ser mais consciente que surge no momento presente como uma função assumida, mas também é capaz de submeter-se totalmente para o milagre que se desenrola no “aqui e agora”, este espaço na Consciência, fará com que a pessoa viva naquele espaço de forma intensa.
Se o pilar da nossa vida estiver no Presente, no “Aqui e Agora”, a nossa atenção gradualmente afastar-se-á do turbilhão das formas e, descobrimos o Milagre da Consciência. Encontramos a fonte da nossa existência nesse Milagre e não mais no mundo das formas.
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