Cientistas Ingleses Afirmam Que Os Primeiros Embriões Humanos Geneticamente Modificados Estão Prontos A Serem Criados
Uma equipe de cientistas no Reino Unido pediu recentemente permissão para criar os primeiros embriões humanos geneticamente modificados do mundo. A legislação em vigor impede-os de criarem embriões que vivam mais de 14 dias, porém a equipe acredita que esta investigação pode levar aos primeiros seres humanos geneticamente modificados.
Cientistas do Instituto Francis Crick em Londres disseram recentemente ao The Independent que, se lhes for dada luz verde, o mundo poderia ver, “os primeiros embriões humanos transgénicos, criados na Grã-Bretanha nas próximas semanas ou meses.”
O professor Robin Lovell-Badge do Instituto Crick afirma que esta tecnologia poderia ser usada para curar doenças e distúrbios genéticos dos fetos.
“Se descobrisses que existem pessoas portadoras de uma mutação específica, o que significa que os seus embriões nunca seriam implantados [ no útero ], então poderias considerar o uso da técnica de edição do genoma humano para fazer alterações na linha germinal que permitiria que a prole da mulher em causa fosse capaz de reproduzir sem ter qualquer problema,” disse Lovell-Badge.
“É possível. Nós não sabemos. É apenas uma daquelas incógnitas, [ mas isso seria um bom argumento ] para permitir que seja usado de uma forma que não tenha quaisquer outras consequências e lembre-se que alguns dos genes que estão activos no embrião durante a sua primeira fase, mais tarde desempenham uma função,” acrescentou o professor.
No entanto, este novo recurso não foi aceite por todos. Alguns investigadores estão preocupados com os problemas éticos que esta tecnologia pode causar. David King, director do grupo de pressão da Human Genetics Alert, afirma que a criação de seres humanos geneticamente modificados pode ser perigoso e, as pessoas responsáveis por tal projecto não podem ser encarregadas de tamanha responsabilidade.
“Este é o primeiro passo para o caminho que os cientistas cuidadosamente traçaram para a legalização de bebés GM (Geneticamente Modificados). Apesar de que sempre fomos informados que a HFEA [Autoridade para a Fertilização Humana e a Embriologia] existe para garantir que algumas linhas éticas cruciais não sejam ultrapassadas, na realidade, a HFEA existe precisamente para gerir e facilitar estas transições e, para garantir que o declive permaneça escorregadio,” disse King.
Embora a nova tecnologia e o conhecimento que a nossa espécie tem vindo a ganhar tem a capacidade para mudar as nossas vidas para melhor, esses avanços também representam um potencial risco caso o seu desenvolvimento cai nas mãos erradas. Infelizmente para nós, o progresso tecnológico tem estado nas mãos erradas durante muito tempo, por isso inovações dessa natureza acabaram provavelmente por serem usados para fins abomináveis, ou será fortemente controlado e mal administrado que fará com que o mesmo deixa de ser benéfico.
Fonte:
Deixe uma Resposta