Turco processa a própria mulher por ‘ofender o Presidente Erdogan’
Um turco apresentou queixa contra a própria esposa, por esta ter insultado o Presidente do país, Recep Tayyip Erdogan e por desligar a TV durante os seus discursos, informou a imprensa local.
O camionista de 40 anos de idade, identificado apenas como Ali D. pelo jornal Yeni Safak, disse ter avisado a sua esposa em numerosas ocasiões contra as ofensas ao Presidente.
No entanto, aparentemente a mulher ignorou as suas palavras e continuou a insultar Erdogan durante as suas aparições na televisão, ou mudando de canal.
“Eu continuei a avisá-la, perguntando-lhe, por que fazes isso? O nosso presidente é uma boa pessoa e fez coisas boas para a Turquia”, disse Ali ao jornal.
A mulher teria provocado uma acção judicial contra si mesma, dizendo ao seu marido que este podia “gravar os insultos e apresentar queixa” caso ele não gostasse do seu comportamento.
Ali gravou os “insultos” de sua mulher e anexou-os como prova no caso, enquanto apresentava a queixa ao Ministério Público na cidade de Izmir.
“Mesmo que fosse o meu pai, que ofendesse ou insultasse o presidente , eu não perdoaria e reclamaria”, disse o camionista Yeni Safak.
Por sua vez, a mulher de 38 anos, pediu o divórcio após três anos de casamento, informou o jornal.
Vários jornalistas, bloguistas, estudiosos e pessoas comuns na Turquia, têm enfrentado acusações e são condenados a penas de prisão por insultar Erdogan.
Em Janeiro, o presidente Turco apresentou um pedido de indemnização de 32 mil usd contra o líder da oposição, Kemal Kilicdaroglu, por lhe ter chamado de “ditador”.
Recentemente, o ex-deputado Turco e ex-membro do partido AK de Erdogan, Feyzi Isbasaran , foi condenado a quase três anos de prisão por usar calão em tweets contra o chefe de Estado.
Em Dezembro do ano passado, um Tribunal Turco ordenou que peritos examinassem se Erdogan fosse parecido com o personagem do filme “O Senhor dos anéis” Gollum, depois de alguns memes onde os dois apareciam terem surgido na internet.
E no caso mais bizarro, dois meninos – com idades compreendidas entre os 12 e 13 – estão a enfrentar até quatro anos por atrás das grades por terem rasgado cartazes do líder Turco em Outubro de 2015.
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