Coração-em-chip desenvolvido para substituir órgãos humanos e ensaios em animais
Cientistas da Universidade de Toronto implantaram com sucesso um “coração-artificial-em-chip” que bate como um órgão num rato, usando tecidos humanos criados fora do corpo.
Composto de tecido cardíaco, o dispositivo semelhante a um microchip é feito de pequenas estruturas de andaimes que mantêm as células humanas. Os investigadores esperam que o chip possa um dia ajudar ou até mesmo substituir, os órgãos e reduzir o risco de complicações pós-transplante.
A professora Milica Radisic e a sua equipe também conseguiram reproduzir o tecido hepático e os vasos sanguíneos. Num comunicado, a cientista disse que estes tecidos cultivados em laboratório podem ajudar a reparar os órgãos danificados e podem reduzir o risco de rejeição de órgãos.
“É realmente multifuncional, e resolve muitos problemas na área da engenharia de tecidos”, afirma Radisic. “É realmente de ultima geração.”
A equipe está à beira de desenvolver esta tecnologia potencialmente revolucionária, que pode não só substituir órgãos, mas também reduzir os altos custos de testes de medicamentos e parar o uso de testes em animais.
Actualmente, o tempo médio para desenvolver e lançar um novo medicamento é de 10 a 15 anos, e custa cerca de 5 biliões de dólares americanos, de acordo com nature.com
No entanto, a tecnologia de órgão em chip fornece uma visão muito mais clara de como o medicamento afecta os órgãos humanos em tempo real – uma investigação que requer muito mais tempo com o actual sistema de testes em animais.
A tecnologia é semelhante à da Universidade da Califórnia em Berkeley, onde os bio engenheiros criaram um “coração-artificial-em-chip” em 2015, os quais também esperam que um dia possa substituir os testes em animais e produzir informações mais precisas.
No entanto não fique muito entusiasmado – pode levar décadas antes que a tecnologia esteja disponível ao público.
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