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Como as Elites Usavam o Sacrifício humano Para Impor a Desigualdade nas Sociedades Antigas

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As elites conheciam o valor da propaganda do medo mesmo naquela época.

A religião tem sido há muito tempo, uma ferramenta útil para o controlo social, sendo o temor a Deus usado em serviço de cada prática desprezível, desde a escravidão até a guerra. Um novo estudo, revela que os ritos religiosos, em particular o sacrifício ritual, ajudaram a criar e a manter a hierarquia de classes, nas sociedades antigas. De acordo com investigadores da Universidade de Auckland, da Universidade de Victoria e do Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana na Alemanha, os resultados revelam uma ligação mais sombria entre a religião e a evolução hierárquica das sociedades modernas” do que se pensava.

A análise centrou-se em 93 culturas austronésias, ou seja, povos originários de Taiwan, e que depois se estabeleceram em Madagáscar, Rapa Nui ( Ilha de Páscoa ) nas ilhas do Pacífico e na Nova Zelândia. Os investigadores descobriram que, quanto mais existisse divisão social na sociedade, (as elites  no topo, e o resto da população na parte inferior)  era mais provável que se realizassem assassinatos ritualísticos. Os poderosos assustavam as massas para que elas permanecessem dentro da linha proverbial, através da implementação do sacrifício “sancionado por Deus”, que implicitamente implicava ameaça a vida de muitos por suposto delito. Os que se encontravam no topo tornaram-se, por procuração, deuses entre os homens e as mulheres, e eles mantiveram essas posições matando sempre que achassem necessário.

“Ao usar o sacrifício humano para punir violações de tabu, desmoralizar a classe baixa e incutir o medo das elites sociais, as elites no poder foram capazes de manter e construir o controlo social”, afirmou o responsável pelo estudo Joseph Watts num comunicado de imprensa.

“O sacrifício humano fornecia um meio particularmente eficaz de controlo social, porque fornecia uma justificação sobrenatural para a punição”, diz o co-autor do estudo, Russell Gray.” Acreditava-se muitas vezes que os governantes, como por exemplo os sacerdotes e chefes, eram descendentes dos deuses e o ritual de sacrifício humano era a derradeira demonstração do seu poder.”

A forma em que os sacrifícios eram realizados, dá a impressão de uma lista horripilante, de métodos pelos quais nunca irias querer ser submetido. Os rituais de assassinatos eram feitos através da “queimadura, afogamento, estrangulamento, concussão, enterro, ser cortado em pedaços, esmagado sob uma canoa recém-construída ou ser atirado do telhado de uma casa e decapitado.” Quando uma sociedade começa a usar o sacrifício para manter a estrutura, equivalente ao 1 por cento no topo da pirâmide e os escravos na parte inferior, o sistema torna-se Auto perpetuado.

“Descobrimos que o sacrifício era a força motriz”, diz o investigador Quentin Atkinson, “fazer com que as sociedades estejam mais propensas a adoptarem um alto estatuto social e menos propensas a reverter para a estrutura social igualitária.”

O estudo, que foi publicado na revista Nature, tem implicações óbvias sobre os papéis desempenhado pela religião (e medo) na nossa cultura “de cima para baixo”  governada pela elite.

“A religião tem sido tradicionalmente vista como um motor essencial da moralidade e da cooperação”, afirma Watts, “mas o nosso estudo constata que os rituais religiosos também tiveram um papel mais sinistro na evolução das sociedades modernas.”

 

Fonte:

http://www.alternet.org/culture/how-elites-used-human-sacrifice-enforce-inequality-ancient-societies

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