Rolls Royce Planeia Criar ‘Navios Fantasmas’ Sem Tripulação Para O Comércio Marítimo (VÍDEO)

© Rolls-Royce / YouTube
A Rolls Royce está a preparar-se para avançar a todo vapor com os seus planos de criar navios de carga futuristas que podem navegar em águas abertas sem tripulação.
O fabricante Britânico está a trabalhar num projecto em regime de colaboração avaliado em milhões de euros, conhecido como a Iniciativa Avançada de Aplicações Aquáticas Autónomas ( AAWA na sigla em Inglês) para efectuar uma mudança radical no transporte marítimo.
De acordo com Mikael Makinen, presidente da Rolls Royce Marine, a empresa considera os navios telecomandados como potenciais factores de mudança e, prevê que sejam tão “perturbadores” e inovadores quanto os smartphones.
A empresa já está completamente envolvida no comércio marítimo, com um número de navios mercantes, offshore e de pesca entre o seu portefólio de projecto.
Num Relatório Branco descreve-se a visão da Rolls Royce de construir navios cargueiros controlados de forma remota, até ao final da década, Makinen afirma que o “navio inteligente vai revolucionar a paisagem do design e operações dos navios.”
Isso significa que as rotas marítimas do mundo podem em breve estar ocupadas por frotas de “navios fantasmas” tecnologicamente avançados.
A empresa está actualmente a trabalhar para determinar quanta interacção humana será mantida fora da equação, mas propõe uma mistura, ou “combinação”, de gestão remota terrestre e navegação computadorizada.
Quando se trata de tarefas mais simples, os controladores humanos podem ser autorizados a relaxarem e observarem uma embarcação particular enquanto ela completa a sua jornada. No entanto, a Rolls Royce espera que os operadores humanos assumam o comando para as manobras difíceis.
“Em alguns casos, como a navegação em mar aberto, o navio pode ser quase totalmente autónomo, enquanto que para algumas partes da viagem será necessário uma estreita supervisão e tomada de decisão, ou até mesmo operação a distância por parte do operador humano”, disse a Rolls Royce.
A tecnologia para grandes navios não tripulados parece estar pronto com uma variedade de modelos a serem testados e preparados para o lançamento.
A Rolls Royce disse que, para certas partes da viagem de um navio, a tripulação irá quase certamente ser necessária, por exemplo o atraque do navio, mas a empresa sugere que os navios são mais do que capazes de completar as viagens, através de uma previa definição dos pontos de rota.
Os “navios inteligentes” – equipados com comunicações por satélite e sensores climáticos – serão também capazes de efectuar uma acção evasiva de emergência em caso de perigo.
“Um exemplo de tal evasão poderia ser uma acção automática para manter-se afastado do caminho de um outro navio, mudando a posição ou a velocidade”, diz o relatório branco.
A empresa admite que as preocupações sobre a pirataria e a legislação marítima poderiam potencialmente representar um obstáculo, mas reafirma que “a operação remota e autónoma dos navios, será pelo menos tão seguro quanto os navios existentes.”
Um vídeo produzido pelo fabricante olha para o futuro do “controlo da costa” e mostra uma ponte altamente tecnológica que se parece com o conjunto de filmes de ficção cientifica.
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