‘Insulto pessoal’ Para Obama Se os Afro-Americanos Não Votarem Em Clinton
Presidente dos EUA, Barack Obama © Yuri Gripas / Reuters
O presidente Barack Obama disse à uma plateia predominantemente negra, que seria um “insulto pessoal” se eles não apoiassem a candidata presidencial democrata Hillary Clinton nas eleições de Novembro.
Falando no jantar durante a Congressional Black Caucus na noite de sábado, Obama disse que consideraria um “insulto ao [seu] legado” se não houver uma forte afluência de pretos a votarem em Clinton.
“O meu nome pode já não estar nas urnas, mas o nosso progresso está nas urnas”, disse ele. “A tolerância está nas urnas. A democracia está nas urnas. A justiça está nas urnas. As boas escolas estão nas urnas, terminar com o encarceramento em massa, está neste momento nas urnas.
Obama usou o movimento dos direitos civis e da luta que garantiu que os afro-americanos pudessem votar, para lembrar o público da importância dos seus votos.
“Lembro-me de todas aquelas pessoas que tiveram que contar as bolhas numa barra de sabão, espancados enquanto tentavam registrar eleitores no Mississippi”, disse ele.” Arriscaram tudo para que eles pudessem puxar essa alavanca. Então, se eu ouvir alguém a dizer que o seu voto não importa, que não importa quem nós elegemos, leia a sua história. O seu voto conta.”
O presidente pressionou a multidão a dar-lhe uma boa despedida incentivando as pessoas a votarem. “Se você se preocupa com o nosso legado, então sabes que tudo o que defendemos está em jogo, o progresso que fizemos está em jogo nesta eleição”, disse ele.
Obama atacou a afirmação do candidato republicano Donald Trump que os afro-americanos não “têm nada a perder” se votarem em Trump e não em Clinton.” [ Trump ] diz que não temos nada a perder, então podemos também apoiar alguém que se opôs contra os direitos civis e contra a igualdade e que não tem demonstrado qualquer consideração para as pessoas que trabalham, durante a maior parte da sua vida”, disse Obama.
“Bem, nós temos desafios. Mas não somos estúpidos.”
Obama tem sido criticado por ter sido incapaz de fazer o suficiente para os afro-americanos durante a sua presidência. Muitos americanos acham que o primeiro presidente negro não conseguiu fazer progressos suficientes para a comunidade negra. A criação do movimento Black Lives Matter, numerosos exemplos de brutalidade policial contra os negros e, uma falta de oportunidades de emprego, têm sido citados como indícios de que Obama não fez o suficiente.
Por outro lado, Obama foi elogiado por ter concedido clemência a prisioneiros acusados de delitos menores e, anunciou recentemente a eliminação progressiva das chamadas, prisões para fins lucrativos. Obama fez pressão para a criação de um programa no valor de USD 75 milhões, para dotar cada polícia de uma câmara em resposta aos assassinatos de negros desarmados por parte da polícia e, por ter ainda criado iniciativas para apoiar os jovens negros.
Clinton também falou no evento, onde recebeu o prémio Trailblazer por ser a primeira mulher a concorrer para a presidência, por parte de um grande partido político norte-americano. Ela elogiou a família Obama e ignorou os comentários de Trump sobre a “certidão de nascimento” de Obama.
Obama brincou com a multidão sobre as alegações de Trump de que ele na verdade nasceu nos EUA. O empresário bilionário convocou recentemente uma conferência de imprensa para anunciar que já não acreditava que Obama não tenha nascido nos Estados Unidos.
“Esta noite dou um salto extra. Quanto a vocês eu não sei, mas eu estou muito aliviado que toda a polémica sobre a certidão de nascimento tenha finalmente acabado”, disse Obama.
“Quero que saibam que, nem o ISIL , a Coreia do Norte, a pobreza, as alterações climáticas – nenhuma dessas coisas me pesava tanto quanto a validade da minha certidão de nascimento. E pensar que, com apenas 124 dias de mandato, nós conseguimos resolver essa questão. Isso é um estimulo para mim na recta final.”
Fonte:
gracianoconstantino.com 
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