Menino Muçulmano de 7 anos Denunciado à Polícia Após Escola Confundir Cilindro de Bronze Com ‘Bala’

© Darren Staples / Reuters
Um estudante muçulmano de sete anos em Birmingham, Inglaterra, foi deixado em lágrimas após dois veículos da polícia terem sido enviados para sua casa, porque a sua escola confundiu um pedaço de bronze que ele tinha levado para a sala, com uma bala.
A Escola Primária Católica de St Edward contactou a polícia depois da criança ter dito que um pedaço de bronze era uma “bala” e disse aos seus professores, que o seu irmão adolescente mais velho, que alegadamente tinha participado num curso de cadete do exército, possuía uma arma.
Tell Mama, uma instituição de caridade que monitora o ódio anti-muçulmano, disse “ter uma abordagem de senso comum para os incidentes relacionados à salvaguarda parecem ir por água abaixo.”
A organização condenou a escola por não informar os pais que o seu filho tinha sido enviado à polícia de West Midlands.
“Nesse caso, houve uma falha de atenção para os pais e está claro que houve,” disse Tell Mama num comunicado. “Se isso deveu-se ao fato da criança ser muçulmana, e consequentemente ter provocado uma reacção exagerada, nunca saberemos.”
A mãe do menino de sete anos de idade, que é uma estudante na Universidade de West Midlands, disse à Tell Mama que o seu filho sentiu-se “muito angustiado e intimidado.”
“Ficou imediatamente evidente que nem a escola nem a polícia acreditou que era uma bala de verdade, no entanto, ninguém pensou em usar algum senso comum”, disse a mãe, que não foi identificada. “Em vez disso, foi indevidamente escalado e deixaram o meu filho de sete anos muito angustiado e intimidado pelo facto que os policiais insistiam em interrogá-lo directamente.”
“Também estou muito irritada com a forma que o assunto foi escalado”, acrescentou. “Eles, a escola e a polícia, tiveram mão pesada e suspeitaram indevidamente de uma criança de sete anos de idade; Fizeram com que ele desconfiasse dos seus professores depois de lhe terem dito que seria uma questão a discutir apenas com os seus pais e trataram-nos de uma maneira que não tratariam com pais não-muçulmanos.”
A mãe recusou-se a deixar que a polícia falasse com o seu filho durante o incidente, de acordo com o the Sunday Times.
Joanne Kennett, directora da escola disse ao Times que St Edward pediu desculpas à mãe do filho e insistiu que todos os alunos são “tratados de forma igual.”
“Na qualidade de escola católica, todas as nossas crianças são tratadas da mesma forma e orgulhamos-nos da diversidade dos nossos aluno e comunidade”, disse Kennett. “Foram feitas divulgações de natureza similar de crianças que não eram de famílias muçulmanas e tomou-se o mesmo curso de acção.”
A polícia de West Midlands confirmou ter visitado a residência da família e disse que o objecto não era uma bala e, que “não foram tomadas medidas adicionais.”
A controversa estratégia de prevenção do governo Britânico, que os grupos de direitos humanos acusaram de racialmente perfilar jovens muçulmanos, tinha como alvo crianças a partir dos quatro anos, sendo encaminhadas pelas autoridades como parte do seu programa de “desradicalização”.
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