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Fotos de Metade dos Americanos Estão Agora Armazenadas em Bases de Dados de Reconhecimento Facial

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De acordo com um novo relatório do Centro de Lei de Georgetown Relativa à Privacidade e Tecnologia, metade dos Americanos têm actualmente as suas fotos armazenadas em bancos de dados de reconhecimento facial. A grande maioria desses cidadãos não são suspeitos de crimes e nem têm antecedentes criminais.

Segundo o relatório, mais de 117 milhões de fotos de adultos são armazenadas em bases de dados de reconhecimento facial e, todas as suas fotos podem ser usadas a qualquer momento numa “linha virtual”, onde podem ser escolhidas pelos cumpridores da lei como potenciais suspeitos.

De acordo com a União Americana pelas Liberdades Civis: (ACLU sigla em inglês), muitos departamentos de polícia usam fotos do Facebook, fotos de protestos e, até mesmo vídeos de pessoas comuns andando na rua feitos por câmaras afixadas em torno de centros urbanos. Foi ainda indicado no relatório que as fotos de cartas de condução são usadas para preencher essas bases de dados, o que significa que quase qualquer um pode ser um potencial suspeito numa dessas linhas.

As conclusões do relatório, juntamente com as revelações da ACLU no controlo da polícia em Baltimore, sugerem que a tecnologia pode estar a violar os direitos de milhões de Americanos e está a afectar desproporcionalmente as comunidades de cor, disseram os porta vozes.

Alvaro Bedoya, director executivo do centro de privacidade e tecnologia de Georgetown diz que esta nova tecnologia apresenta um enorme risco de privacidade.

“Quando o reconhecimento facial é usado de forma mais agressiva, pode mudar a natureza dos espaços públicos. Pode mudar a nossa liberdade básica de viver as nossas vidas sem sermos identificados de longe pelas pessoas e em segredo”, disse ele.

A investigação trouxe a luz relatórios policiais de um ano para determinar quão difundido se tornou o software de reconhecimento facial.

Neema Singh Guliani, consultor legislativo da ACLU, salientou que as agências governamentais têm rédea livre para fazer o que quiserem com esta tecnologia e, eles oferecem absolutamente nenhuma transparência.

“No caso do reconhecimento facial, parece haver muito pouco controlo ou salvaguarda para garantir que ele não seja usado em situações nas quais as pessoas estejam envolvidas em actividades de primeira alteração”, disse Guliani.

Um dos aspectos mais perturbadores do recente relatório é o fato de que essas bases de dados de reconhecimento facial terem-se tornado “predominantemente compostas de entradas não-criminais”.

Isso pode ficar extremamente perigoso porque esta tecnologia está longe de ser perfeita e, na verdade, são cometidos erros o tempo todo.

Até mesmo o FBI admite que uma em cada sete buscas da sua base de dados de reconhecimento facial estão incorrectas, o que significa que pessoas inocentes são apontadas numa base regular. No entanto, a investigação independente, revelou que o número era muito maior, com cerca de 90% dos identificados pela tecnologia de reconhecimento facial sendo pessoas inocentes.

Considerando o fato de que esta tecnologia é bastante nova, é óbvio que haverão muitos erros e imperfeições. Isso é aceitável quando lidamos com um computador pessoal ou sistema de videogame, mas quando lidamos com a vida das pessoas o risco é muito grande.

 

Fonte:

http://www.activistpost.com/2016/11/half-of-americans-photos-are-now-stored-in-facial-recognition-databases.html.

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