Suspeitos de Terrorismo Devem Usar Pulseiras Electrónicas No Tornozelo Mesmo Antes de Serem Condenados – Ministro da Justiça Alemão

© Arne Dedert / Global Look Press
O Ministro da Justiça da Alemanha está a pressionar para que os suspeitos de terrorismo sejam rastreados com pulseiras electrónicas no tornozelo mesmo antes de serem condenados, afirmando que tais precauções não devem ser consideradas “tabu”.
Heiko Maas disse a agência de notícias DPA no Domingo, que as pessoas suspeitas de cometerem atentados terroristas devem ser monitoradas electronicamente.
“Devemos fazer tudo que pudermos para que aqueles que representam um risco, sejam mantidos à vista tanto quanto possível, inclusive antes de uma possível condenação,” disse o Ministro, de acordo o The Local.
“Por esta razão, as pulseiras electrónicas não devem ser um tabu”, continuou ele.
As autoridades de segurança consideram que, actualmente, cerca de 550 pessoas na Alemanha representam um potencial risco de terrorismo, de acordo com Der Spiegel.
Maas sugeriu em Julho uma versão mais suave da proposta, depois de uma série de incidentes violentos terem acontecido no sul da Alemanha. Naquela época, ele sugeriu que os extremistas condenados deviam usar pulseiras mesmo depois de serem libertados da prisão.
No domingo, o Ministro da Justiça, também disse que apoiou a criação de centros de detenção para deportação.
“Ser preso enquanto se espera pela deportação, também deverá ser imposto no futuro para aqueles que representam riscos, caso os seus países de origem não cooperarem com o regresso”, disse ele.
Essa ideia também foi apoiada publicamente pelo Ministro do Interior Thomas de Maizière, que na semana passada apresentou uma proposta que reforçaria as medidas de segurança em todo o país. Além dos centros de detenção, as medidas incluíam a centralização dos serviços de inteligência.
Maas e Maizière têm encontro marcado nesta Terça-feira, para discutir o ataque num mercado de Natal, que matou 12 pessoas em Berlim no mês passado.
O principal suspeito do ataque de Berlim, Anis Amri, que foi baleado e morto pela polícia em Milão em Dezembro, foi investigado pelos serviços de inteligência Alemão no estado da Renânia do Norte-Vestfália por suspeita de planear um ataque terrorista. Ele foi categorizado como uma ameaça à segurança pelas autoridades.
No entanto, ele aparentemente conseguiu sair do radar quando transferiu-se para Berlim, em Fevereiro de 2016, devido à falta de comunicação entre os serviços de segurança dos dois Estados.
Ele recebeu ordens para deixar o país em Junho de 2016, mas permaneceu livre, enquanto a Alemanha tentou recolher documentos oficiais sobre ele a partir do seu país de origem, Tunísia.
Os legisladores da Renânia do Norte-Vestefália pedem cada vez mais ao Ministro do Interior, Ralf Jaeger, que se responsabilize pessoalmente por não ter impedido o ataque de Berlim.
Os comentários de Maas vêm apenas um dia depois que o Vice-chanceler Sigmar Gabriel disse que “as mesquitas salafistas devem ser proibidas, as comunidades terminadas e os pregadores expulsos. E o mais rápido possível. “As observações de Gabriel foram feitas depois da a prisão em Novembro do clérigo salafista Abu Walaa, que foi detido por recrutar pessoas na Alemanha em nome do Estado Islâmico (IS, anteriormente ISIS / ISIL). Acredita-se que Amri tenha comunicado com o clérigo.
Fonte:
Deixe uma Resposta