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A Nossa Natureza Essencial É Infinita

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Numa tarde, fui para a casa de uma amiga e descobri em lágrimas a notícia que o veterinário lhe tinha dado. Depois da súbita falta de ar do seu cão no habitual passeio quotidiano, ela levou-lhe ao médico que diagnosticou cancro de pulmão, em estado avançado e intratável, era cancro terminal.

Apesar do seu lindo golden retriever parecer perfeitamente saudável e ter um comportamento normal em casa, ele tinha três meses para viver. Claro que ela pediu-me para comunicar com ele sobre a sua condição física, sentimentos emocionais e o período difícil pela frente. A minha amiga também é uma realista que acredita em milagres, então ela queria saber que intervenção é que o seu cão queria para curar o cancro e continuar uma vida plena e saudável.

Quando a conversa telepática com o doce cão virou-se para o que eram as suas escolhas, ele transmitiu a mensagem energética de querer deixar o seu corpo e se dispersar na Unicidade … como uma pura nuvem branca dissolvendo suavemente e tornando-se um com o céu azul. Perguntei-lhe se ele queria ajuda para deixar o seu corpo que é a forma que eu descrevo a “eutanásia” para os animais, porque isso é o que equivale a nível prático. Ele respondeu que não seria necessário, porque estava pronto para ir mais cedo do que tarde, antes que o sofrimento físico se tornasse um problema.

Ele disse-me que a única coisa necessária para que transitasse de forma natural e pacifica seria a decisão aberta e consciente do seu cuidador de deixá-lo ir. Quando transmiti esta mensagem para ela, a minha amiga reagiu mal. Ela era muito apegada à ideia de uma cura milagrosa para o seu amado cão; Na verdade visto que ela é uma curandeira, ela insistiu nisso! Ela gritou comigo e depois ignorou-me, então fui para a cama sem jantar.

Por volta da meia-noite, a minha amiga acordou-me, dizendo que ela tinha orado pela situação e percebeu que não estava no direito de privar outro ser do seu caminho e que ela realmente tinha que deixá-lo ir como um ato de amor incondicional .

Ela queria que eu dissesse ao seu cão, que ela era sinceramente capaz de deixá-lo ir, apesar da sua enorme tristeza. Quando contei a sua mudança de mente e coração para o seu companheiro canino, ele ficou muito aliviado e toda a ansiedade deixou o seu campo. Ele também deu-me uma mensagem surpreendente:

Que deixaria o seu corpo dentro das próximas 12 horas, então se ela quisesse estar ao lado dele quando fizesse a transição, ela deveria ficar na sua presença naquela mesma noite.

Visto que esta informação vinha de um cão que respirava de forma normal em casa, comia, bebia, brincava e geralmente se comportava como um animal completamente saudável, a mensagem parecia estranha. Mas aprendi há muito tempo que a verdade de outro não é a nossa para editar na narração.

Então, mais uma vez passei a mensagem (um pouco nervosa, como podes imaginar). Silenciosamente, com as sobrancelhas levantadas e um olhar curioso, a minha amiga arrastou um colchão até o chão da sala de estar e montou uma cama aconchegante ao lado do seu cão. Sentei-me com eles em silêncio até que ambos adormeceram. Ao nascer do sol, a minha amiga acordou – e o seu cão não. Ele tinha partido silenciosamente durante a noite, deixando o seu corpo enrolado num abraço para sempre nos seus braços amorosos.

Esta situação não poderia ter sido orquestrada, organizada ou induzida pela vontade humana. No momento em que queremos que algo seja de uma certa maneira ou num determinado momento, nós humanos estamos substituindo o que está ocupado e acontecendo naturalmente.

Os animais sentem quando o seu tempo está próximo. Sim, o imperativo da sobrevivência também existe e é relevante, mas os animais não discutem com o inevitável. Eles sabem que a dor e o sofrimento são parte da vida. Eles não têm resistência a esse fato. O instinto de sobrevivência é real e, também é, a sua aceitação de não sobreviver quando for a hora certa.

Em geral, eles apreciam a qualidade de vida mais do que a quantidade / duração da vida física. Eles estão sintonizados com o que acontece e os caminhos possíveis que se apresentam para eles. Sem vontade, mas sim com sabedoria, eles podem escolher em conformidade. No rio da vida, eles podem render-se profundamente ao fluxo a jusante – mais facilmente quando não há forças “a montante” concorrentes como o apego humano ou as ideias que os reprimem.

Nós, seres humanos, podemos nos perguntar sobre o comportamento animal que testemunhamos na altura da morte. Muitas vezes, à medida que o corpo e a consciência de um animal se afastam do reino físico, eles procuram um lugar calmo onde morrer. Até mesmo os mais domesticados dos animais de estimação podem tentar rastejar sob um arbusto no jardim ou esconder-se em algum lugar. A morte física é uma jornada muito pessoal e, faríamos bem em honrar aqueles que querem espaço para esses momentos. Podemos apoiá-los emocionalmente e energeticamente, sem ter que tocar ou perturbá-los com estímulos sensoriais que às vezes podem ser esmagadores, incluindo os nossos próprios sentimentos humanos.

Quando um ente querido morre, os amigos animais deixados para trás muitas vezes voltam várias vezes aos lugares frequentados pelo falecido:  quer se trate do cobertor preferido do cão ou o lugar sombrio no jardim ou a longínqua montanha de ossos de elefantes … Não importa qual seja a espécie, os animais sabem quando um ente querido morreu. A sua visita aos lugares familiares não é um caso de confusão ou de procura pelo falecido. Pelo contrário, é uma forma de lembrança. Às vezes até mesmo luto.

Na minha experiência, todos os não-humanos vêem a morte física simplesmente como uma transição no seu estado de ser. Não é um fim. Até mesmo abandonar o corpo não é o fim, visto que o nosso núcleo essencial, não-separado continua além da forma.

Como afirmou Albert Einstein:

“A energia não pode ser criada ou destruída, só pode ser mudada de uma forma para outra”.

No círculo mundano e maravilhoso da vida, os restos físicos dos nossos corpos humanos, um dia deixarão de existir … assim como as ervas daninhas, algas ou outras formas de vida menos romantizadas.

“Do pó ao pó” não é uma mera metáfora.

Que prazer ser capaz de conceituar e apreciar esses fatos com as nossas mentes, enquanto nós usamos os cérebros como parte do nosso fato terrestre. Conhecer verdadeiramente, porém, é uma experiência interna sentida e vivida.

Uma coisa é certa:

Conheceremos plenamente o Mistério da nossa verdadeira natureza no momento da nossa transição além da forma. A nossa essência é eterna e, um dia voltaremos a viver nessa infinita alegria.

Fonte:

http://us2.campaign-archive2.com/?u=65da6542f37020580da97b111&id=2bedfc5aa6&e=4706f3f90a#article

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