Trump Assina Projecto de Lei Para Financiar a Nasa e Espera Enviar Humanos Para Marte
O Presidente Donald J. Trump assinou uma legislação destinada a financiar a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA), no que pode se tornar um pagamento inicial para uma futura missão tripulada para Marte.
Conforme relatado pelo The Hill, os autores e patrocinadores do projecto – incluindo os senadores Ted Cruz, R-Texas e Marco Rubio, R-Fla. – estiveram presentes na sala oval para a assinatura.
Conhecida como a Lei de Autorização de Transição da NASA, a lei fornece à agência espacial 19,5 biliões de dólares em financiamento para o ano fiscal de 2018, ao mesmo tempo que solicita que a agência prepare um plano para enviar uma missão tripulada a Marte no ano 2030. 19,1 biliões de dólares, que foi um modesto corte de financiamento, mas ele acabou por assinar uma medida maior de financiamento.
A legislação também pede à NASA que desenvolva formas de “estender a presença humana, incluindo a potencial habitação humana em outro corpo celeste e uma economia espacial próspera no século XXI”.
As missões tripuladas para a lua ocorreram no final dos anos 1960 e início dos anos 1970 com as missões Apollo, mas desde então não houve nenhuma outra viagem celestial tripulada. Começando na década de 1980 e estendendo-se até a década de 2000, os EUA realizaram várias missões tripuladas do Vaivém Espacial e ajudaram a construir e apoiar a Estação Espacial Internacional, que ainda é tripulada.
Mas enviar uma missão tripulada a outro planeta – neste caso Marte – com o objectivo de colonizá-lo em algum momento, é um grande passo em frente, tanto para a civilização humana quanto para a NASA.
A actual legislação de financiamento pode acabar sendo um adiantamento para essa futura missão, se a tecnologia para que isso aconteça for desenvolvida.
Enquanto a viagem interestelar pode não acontecer em breve, há algum impulso de uma fonte improvável para retornar e colonizar a lua primeiro – do proprietário da Amazon Jeff Bezos. Ele tem pressionado o governo Trump para iniciar missões de carga não tripuladas para a lua até 2020, com o objectivo de eventualmente construir moradias e enviar seres humanos.
Bezos prevê que uma startup que ele é o proprietário – Blue Origin – entre em parceria com a NASA sobre o projecto, como relatado pelo Space.news.
De acordo com informações adicionais do Washington Post, que talvez não seja ironicamente também de propriedade da Bezos, a Blue Origin está a circular um documento de sete páginas para os principais funcionários da NASA e da administração Trump, informando ambos, do interesse da empresa em fazer parte da projecção. O plano é de desenvolver em conjunto uma nave espacial que poderia pousar na lua perto de uma cratera no pólo sul, onde supostamente há água e luz solar quase contínua para que se tenha energia solar.
O The Post observou ainda que o documento pede que a NASA também apoie os serviços de transporte como os da Amazon, para a Lua, que entregariam equipamentos para conduzir experimentos, carga adicional e habitats até meados de 2020, criando assim um “futuro assentamento” na Lua.
Space.news observou que a última pessoa a andar na Lua foi o comandante Astronauta Gene Cernan, do Apollo 17 que faleceu recentemente. Isso foi em Dezembro de 1972.
Os defensores do projecto acreditam que um assentamento permanente na lua poderia facilitar a exploração espacial adicional e, eventualmente, colonização adicional do nosso sistema solar. “Eu acho que se você for à lua primeiro e, fizer dela a sua casa, então você pode chegar a Marte mais facilmente”, disse Bezos.
Isso pode acontecer. A NASA, que tem visto cortes em programas-chave de exploração espacial, está disposta a trabalhar com o sector privado em projectos futuros. E dada a meta de Trump de chegar a Marte, bem como o seu histórico empresarial, é provável que a agência espacial americana faça novos amigos dentro do sector privado nos próximos anos.
Bezos, em particular, parece ser um entusiasta do espaço. No início de Março, ele apresentou o foguete orbital New Glenn da sua empresa, que muitos acreditam que levará o satélite Eutelstat que será brevemente lançado. “O foguete será capaz de transportar quase 100.000 quilos de carga útil para a órbita terrestre baixa e quase 29.000 quilos para a órbita de transferência geoestacionária (GTO), que é 22.000 milhas mais alta”, observou The Space Reporter.
Fonte:
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