“Vulcão de Homossexualidade”: Cristãos Coptas do Egipto Organizam Conferência Para “Tratar” Homossexuais.
FILE PHOTO © Jamal Saidi / Reuters
A Igreja Copta no Egipto organizou uma conferência intitulada “O Vulcão de Homossexualidade”, que oferecerá uma variedade de maneiras de “tratar” a homossexualidade.
A Catedral Ortodoxa Copta de São Marcos, em Alexandria, criará o evento para aumentar a sensibilização sobre os “tratamentos” para a homossexualidade e a melhor forma de assegurar uma “rápida recuperação”, informa o The New Arab.
Ainda não foi confirmada uma data para a conferência, mas os relatórios iniciais indicam que serão realizados vários workshops no evento por um “especialista em cura para a homossexualidade” que fornecerá instruções sobre a terapia da conversão gay.
A igreja copta descreveu anteriormente os relacionamentos homossexuais como “imorais” e uma “ameaça” à estabilidade familiar.
“Portanto, este casamento é completamente recusado pela fé cristã”, disse o chefe da Igreja Copta Ortodoxa, o Papa Tawadros II, quando perguntado sobre o casamento gay, como citado pelo Step Feed.
“Quando Deus criou o homem e a mulher, a partir deles a primeira família foi criada por um homem e uma mulher. [O casamento gay] não é aceitável e é considerado um pecado. É pecado”, acrescentou.
A homossexualidade é um tabu no Egipto entre a maioria muçulmana do país bem como para os Cristãos. O país tem cerca de 77 milhões de Muçulmanos e quatro milhões de Cristãos, sendo a grande maioria Coptas.
Sete pessoas foram detidas por hastear a bandeira do arco-íris num show no Cairo na segunda-feira.
“O que aconteceu no concerto não pode ser aceite pela sociedade. Declarar-se um homossexual não é um direito humano”, afirmou a legisladora e deputada egípcia Shadia Thabit, citado pelo The New Arab.
“Como podem anunciar abertamente os seus pecados? Não me falem sobre os direitos humanos. Eles devem ir, e estarem muito longe de nós”, disse ela.
Abbas Shouman, da mesquita de Al-Azhar, no Cairo, descreveu o incidente como um “ato de terrorismo moral”, conforme citado pela Egyptian Streets.
Numa reunião de 2003 de todas as igrejas cristãs no Egito, presidida pelo ex-Papa da Igreja Copta, Shenouda III, os líderes que se opuseram tentaram legalizar o casamento homossexual, relata o Egypt Independent.
A polícia no Egipto usa leis de décadas para prender membros da comunidade LGBT, incluindo uma lei anti-prostituição, fundada em 1950 e 1961 lei contra “depravação”, que foram pretextos para incursões em clubes e eventos homossexuais no país.
Fonte:
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