A Memória Humana Poderá Em Breve Ser Rastreada, Melhorada Ou Apagada Com O Uso De Novas Tecnologias Radicais
A pesquisa científica sobre o cérebro humano produziu resultados muito interessantes. De acordo com os principais especialistas mundiais sobre o assunto, eles fizeram progressos significativos para a compreensão das memórias humanas. Em breve, eles esperam poder não só compreender completamente as memórias humanas, mas também manipulá-las quando quiserem.
A tecnologia de hoje está a tornar isso possível de forma lenta. E os cientistas estão a começar a perceber que, ao combinar alguns métodos diferentes, poderiam encontrar soluções novas e radicais para o problema de como entender melhor o cérebro quando se trata de lidar com memórias – como elas são feitas, onde ficam armazenadas e, como podem ser alteradas no caso em que seja necessário.
De acordo com a Dra. Alison Preston da Universidade do Texas, as memórias sempre foram entendidas – no sentido intuitivo – mesmo que os mecanismos por trás delas ainda não estivessem claros. Mas agora, várias abordagens diferentes podem levar directamente a manipulação aberta das memórias no cérebro humano.
Em primeiro lugar, os cientistas adaptaram recentemente uma descoberta de quase duas décadas que introduziu o mundo para as chamadas “células faciais” – neurónios no cérebro que pareciam tornar-se altamente activos quando se pensava no rosto de um determinado indivíduo. A actividade das células faciais foi vista como uma indicação de que neurónios específicos estão directamente associados com as caras de certas pessoas. Esta descoberta foi utilizada em conjunto com outra, que mostrou a presença de CREB – uma proteína chave que parece ser activa durante a aprendizagem – e os efeitos de melhorá-la na formação de memórias.
Para resumir a história, aumentar os níveis de CREB nos neurónios torna mais provável a activação e armazenamento de uma memória do que se eles permanecessem como estão. Os cientistas concluíram que, se fosse possível activar certos grupos de neurónios antes das actividades de aprendizagem, então seria possível especificar onde exactamente certas memórias são armazenadas para uma lembrança posterior.
E qual é o próximo passo, assumindo que já é possível identificar a localização exacta de uma memória no cérebro? Há sinais que apontam para a possibilidade de implantar memórias como resultado provável, já que já se sabe que a “reconsolidação” ocorre durante a recuperação da memória. Reconsolidar é um termo que simplesmente refere-se ao que acontece quando uma pessoa tenta lembrar certas memórias e, eles acabam incluindo ou removendo certos detalhes dela. Na verdade, uma memória inteiramente nova é retirada do cérebro cada vez que uma memória é lembrada.
Isso é visto como uma oportunidade para implantar memórias e, uma equipe liderada pelo Dr. Susumu Tonegawa no Massachusetts Institute of Technology (MIT) provou que pode-se ser preciso com isso. No seu estudo, eles mostraram quão fácil pode-se criar um vínculo artificial entre uma situação completamente benigna e algo assustador. Ou seja, eles conseguiram associar uma reacção negativa a algo que é realmente inofensivo.
A mesma equipe também realizou um estudo posterior onde pretendiam fazer o contrário e reverteram a reacção negativa associada numa positiva. O seu sucesso aqui mostrou que é possível não apenas implantar memórias, mas também apagá-las com as ferramentas e procedimentos adequados.
Isso é o mais próximo que se pode chegar no que diz respeito a implantar e apagar memórias neste momento. Mas é claro, os pesquisadores estão sempre a expandir os limites quanto ao que é possível neste campo de pesquisa. Em breve, pode ser pertinente fazer perguntas sobre a ética e a moral de tais práticas. Afinal, se é possível que alguém faça isso por você, também seria possível fazer isso com você.
Você está preparado para viver num mundo onde essa é a norma?
Fonte:
Leitura Psíquica Com Graciano Constantino
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