Género X: Holanda Emite O Seu Primeiro Passaporte De Género Neutro Depois Do Governo Perder Batalha Judicial

A Holanda emitiu o seu primeiro passaporte neutro em termos de género depois de um holandês “intersexual” ter argumentado com sucesso que proibir os cidadãos de registarem-se com género neutro equivalia a uma violação da “autodeterminação”.

Leonne Zeegers, de 57 anos, recebeu um passaporte que a identifica como género “X”, depois de ganhar uma acção judicial contra o governo. O tribunal holandês apoiou Zeegers, que afirmou que proibir uma opção de género neutro para portadores de passaporte holandês constituiria uma “violação da vida privada, autodeterminação e autonomia pessoal”. Zeegers diz que ela nasceu intersexual, mas foi criada como menino. Em 2001, ela passou por uma cirurgia para tornar-se uma mulher.

No entanto, a decisão não significa que qualquer cidadão holandês flexível em género possa receber a distinção de género “X”. Os tribunais decidirão se a designação é apropriada caso a caso.

O movimento recebeu críticas mistas nas redes sociais.

“Óptimo passo em frente. #A Holanda sempre foi um país progressista. Espero que os cidadãos não participem de uma sopa enquanto visitam outros países que ainda não estão na #igualdade de género”, escreveu o usuário do Twitter Indrajeet Sengupta.

“Isso é muito bom, mas eu seria cauteloso com os países que você visita com tal passaporte”, comentou outro internauta, ecoando uma preocupação semelhante sobre quão bem o género neutro X em termos de género seria recebido por oficiais estrangeiros de controlo de passaportes.

Outros perguntaram sobre questões logísticas associadas a tal distinção.

“Por genuína curiosidade, quem realizaria buscas íntimas caso fosse preciso? Por exemplo numa delegacia ou aeroporto?”, Perguntou o usuário do Twitter, Mick Jackson. Outros pareciam menos favoráveis à decisão

“Estamos à procura de um suspeito de género neutro, idade neutra com pele de cor neutra”, brincou um internauta, talvez imitando um anúncio de pesquisa futuro da INTERPOL.

Os holandeses não se aventuraram em territórios inexplorados e ambíguos de género. Países que já permitem uma terceira opção de género incluem Canadá, Austrália, Dinamarca, Alemanha, Malta, Nova Zelândia, Paquistão, Índia, Irlanda e Nepal. A distinção “X” também é aprovada pela ICAO, a agência da ONU que regulamenta as viagens aéreas internacionais.

Em Junho, um activista contestou as regras do passaporte do Reino Unido – mas a oferta para uma categoria “X” foi derrubada pelos tribunais.

Fonte:

https://www.rt.com/news/441760-dutch-first-gender-neutral-passport/

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