Cientistas “Quebram Barreiras Técnicas” Que Impedem A Clonagem De Primatas, Incluindo Humanos
A clonagem tem sido – e provavelmente sempre será – uma das mais importantes descobertas científicas feitas pelos seres humanos. Tem sido um grande fascínio por pelo menos meia dúzia de gerações agora, mesmo que nunca possa ser usado directamente nas pessoas por causa das preocupações sociais, políticas, morais e éticas que o rodeiam. Em meados da década de 1990, “Dolly”, a ovelha tornou-se no primeiro mamífero clonado existente. Agora, mais de 20 anos depois, um grupo de pesquisadores chineses usou o mesmo método que deu à luz para produzir dois macacos de cauda longa geneticamente idênticos aos quais chamaram Zhong Zhong e Hua Hua – devido ao termo “Zhonghua” que, na verdade, significa o povo Chinês.
De acordo com um relatório sobre o novo estudo de clonagem, os macacos que resultaram das experiências mais recentes dos pesquisadores chineses, são os primeiros primatas do mundo a serem clonados com o uso de uma técnica conhecida como transferência nuclear de células somáticas, ou SCNT. É a mesma técnica que os especialistas na Escócia usaram para clonar Dolly todos esses anos atrás. Agora, com alguns ajustes, os pesquisadores dizem que “quebraram uma barreira técnica” que anteriormente impedia que primatas – incluindo humanos – fossem clonados.
Qiang Sun, o principal pesquisador que trabalhou no projecto com colegas da Academia Chinesa de Ciências, disse que o sucesso do seu trabalho poderia abrir as portas para muitas possibilidades diferentes, especialmente em relação aos humanos e à clonagem. “A barreira técnica da clonagem de espécies de primatas, incluindo humanos, está quebrada”, explicou ele. “Em princípio, pode ser aplicado a humanos. No entanto, a razão pela qual quebramos essa barreira é produzir modelos animais úteis para a medicina e a saúde humana. Não houve intenção de aplicar este método aos seres humanos.”
Já se sabe há algum tempo que o SCNT é na verdade um método bastante efectivo de clonagem de animais, baseado principalmente no fato de que houve uma série de experimentos de clonagem bem-sucedidos usando esse método. Dos sucessos conhecidos, haviam 23 espécies diferentes de animais clonados, incluindo gatos, vacas, cavalos e até porcos. Por causa desses experimentos de clonagem bem-sucedidos, havia a crença de que talvez os primeiros clones humanos estivessem bem na esquina.
No entanto, o Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton colocou um ponto final em qualquer coisa que pudesse estar na calha ao proibir o uso de verbas federais para pesquisa em clonagem humana. Mas isso foi há 19 anos e, agora há uma chance de analisar os padrões e práticas actuais para ver se alguma coisa precisa ser alterada. Será possível que a pesquisa sobre clonagem humana continue agora, para que os pesquisadores possam descobrir qual o método que funciona melhor para clonar seres humanos reais?
Embora a clonagem tenha sido uma espécie de grande fascínio aos olhos do público em geral, há muitas questões diferentes quando se trata de clonar seres humanos reais. Por um lado, há questões sobre a moralidade da clonagem de uma pessoa real. Como, o que pode ser feito sobre o fato de que a “alma” humana não faz parte do processo de clonagem? Como pode-se determinar até que ponto um clone é idêntico a outra pessoa? Se dois clones nascem do mesmo indivíduo, qual deles é o “real”?
Também deve ser notado que, apesar do número de tentativas bem-sucedidas de clonagem, houve muito mais falhas. Como o principal membro do comité ambiental do Parlamento Europeu, Renate Sommer, disse uma vez sobre a clonagem chinesa, as técnicas que estão a ser usadas ainda não estão “totalmente maduras”.
“A taxa de mortalidade continua igualmente alta”, disse Sommer. “Muitos dos animais que nascem vivos morrem nas primeiras semanas e morrem dolorosamente.” Isso certamente não soa como algo que qualquer ser humano – clonado ou não – merece ser submetido.
Fonte:
Leitura Psíquica Com Graciano Constantino
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