Mulher Transgénero Ganha Causa Contra Discriminação, 20 Mil Dólares Por Ser Excluída De Uma Equipe De Futebol Feminino

Christina Ginther, um homem biológico que se identifica como mulher, venceu uma acção de discriminação nesta semana depois de ter sido rejeitado de jogar numa equipe feminina de futebol de Minnesota devido a preocupações de segurança.

Ginther, que tem quase 1,80m e cinturão preto de segundo grau em caratê, recebeu um total de 20 mil dólares com a vitória legal: 10 mil dólares em indemnizações punitivas e 10 mil dólares por problemas emocionais.

O jogador de 46 anos alega ter sido inicialmente recebido pela equipe de futebol Minnesota Vixen, que fazia parte da Liga Independente de Futebol Feminino (IWFL), durante as pré-eliminatórias de 2016. Mas quando a proprietária da equipe Laura Brown descobriu que Ginther era na verdade, um homem biológico, ela informou Ginther que os homens biológicos foram impedidos de jogar na liga devido a preocupações de segurança.

Um advogado da equipe, Greg Van Gompel, disse que Brown ofereceu a Ginther um papel de técnico adjunto ou ajudando a equipe a manter as estatísticas durante os jogos. Ele explicou ainda que Brown estava vinculado à política do IWFL:

Que “Diz: ‘Um jogador não pode jogar no IWFL, a menos que seja agora e, sempre tenha sido legal e medicamente uma mulher, conforme determinado pela sua certidão de nascimento e carta de condução.”, disse Van Gompel, de acordo com a MPR News.

Ginther recusou a oferta de Brown, dizendo ter-se “sentido violado” pela rejeição.

“Ela disse: ‘Bem, o teu histórico é bom. Mas no processo de elaboração de contratos com os jogadores, nós vimos a tua rede social e descobrimos que és transgénero'”, lembrou Ginther.

“Ginther disse ainda que Brown disse-lhe que a liga não permitia jogadores que nasceram biologicamente masculinos por causa de questões de segurança”, observa o relatório.

“Eu desliguei o telefone e senti-me simplesmente violada.  Com a sensação de ‘sou uma aberração. Sou deficiente. Não sou digno de estar com essa equipe”, disse Ginther.

Ao ser descoberto como trans, Ginther disse: “Eu não sei o que poderia ter me denunciado”.

“O estereótipo é que as mulheres gostam de perguntar se um vestido faz com que pareçam gordas”, disse ele. “Eu pergunto: ‘Será que isso faz com que pareça um rapaz?’

Um processo de discriminação contra a equipe e a liga foi aberto em 2017, citando uma violação da Lei dos Direitos Humanos de Minnesota, que protege os indivíduos contra discriminação por parte de empresas com base na sua orientação sexual. Embora, notavelmente, Ginther ganhasse com base em ser trans e não gay.

Um juiz do Condado de Dakota alinhou-se a Ginther. A decisão, a primeira desse tipo em Minnesota, tornou equipes ou grupos exclusivamente femininos dentro do estado potencialmente “discriminatórios”.

Ginther jogou futebol numa liga feminina diferente, a Women’s Football Alliance (WFA), durante as temporadas de 2017 e 2018.

Fonte:

http://www.orrazz.com/2018/12/transgender-woman-wins-discrimination.html

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