Criança Drag Queen Posa Ao Lado Da Contraparte Adulta Quase Nua, Mas A Mãe Diz Que O Menino Não Está Sexualizado

Uma foto que mostra uma drag queen canadiana de 10 anos posando ao lado de um artista adulto semi-nu provocou indignação online. Mas a mãe do menino acha que está tudo bem e que a criança não está explicitamente sexualizada.

O mundo das drag queens – artistas masculinos assumindo personalidades exageradamente femininas e que actuam em palco – pode parecer um lugar impróprio para menores de idade. Afinal de contas, a sexualidade desempenha um papel importante numa performance de drag e, o senso comum é que sexualizar crianças pequenas para entretenimento é um tabu.

Ainda há drag queens crianças. Um deles – Nemis Quinn Mélançon-Golden – recebeu alguma atenção indesejada online depois que uma foto sua posando num vestido preto e meias drag ao lado de uma drag queen adulta foi postada online.

A co-estrela adulta, mais conhecida pelo nome artístico de Violet Chachki, usa estiletes e um pedaço de tecido para cobrir os genitais e, nada mais. E, como esperado, algumas pessoas nas redes sociais ficaram indignadas com a imagem.

A foto foi tirada pelo fotógrafo e escritor Jonathan Turton enquanto trabalhava num artigo para a revista londrina Huck, que escreve sobre diferentes subculturas. Não chegou à história final, mas há outras fotos.

A foto da capa mostra Mélançon-Golden, que usa o nome artístico de Queen Lactatia, usando a mesma roupa e uma peruca cor-de-rosa com as pernas bem abertas e sentada num sofá ao lado da sua mãe.

Aparentemente, as pessoas indignadas com o trabalho de Turton apresentaram queixa ao Instagram sobre a foto, que foi removida. O fotógrafo respondeu reconhecendo que “aquela foto em particular … era desagradável para muitos”, mas manteve o artigo que escreveu para Huck.

“Foi uma peça equilibrada sobre o assunto, que ironicamente investigou a questão da sexualização de crianças. Eu gostaria de pedir que realmente lessem o artigo antes de julgar”, escreveu ele.

Dias depois, ele excluiu as suas contas nas redes sociais, que aparentemente foram inundadas por ameaças e expressões de indignação.

No artigo, a mãe de Mélançon-Golden, Jessica, de fato, fala sobre a aparente sexualização do seu filho em performances de drag. Mas ela nega fazer algo inapropriado.

“Drag é uma arena adulta e é aí que as pessoas questionam o nosso julgamento. Então, temos que censurar as coisas. Ele sabe que há aspectos adultos do drag que ele não pode aplicar no seu programa”, disse ela.

Nós nunca tentaríamos sexualizar abertamente o nosso filho. Mas se ele usa algo que o faz sentir-se bonito, que direito tenho eu de impedi-lo de usar aquele vestido porque isso pode fazer as pessoas pensarem coisas que não deveriam pensar? É um problema circular.

O artigo menciona o porta-voz conservador Ben Shapiro, que é descrito como um “porta-voz direito e feroz crítico de drag queens crianças”, que criticou a mãe de outra criança drag queen por explorá-lo “por atenção”. O “debate da criança drag” é um exemplo da “ampliação do fosso entre liberais e conservadores na América do Norte e além” na época de Donald Trump, acredita Turton.

RT falou com Oren Amitay, um psicólogo e professor da Universidade Ryerson, que acredita que uma pessoa não precisa ser um porta-voz de extrema direita para ter dúvidas sobre drag queens de crianças, concursos de beleza para crianças e outras subculturas que trazem as crianças para o que é normalmente considerado ocupações adultas.

“Eu ensinei sexualidade humana durante quase 20 anos”, disse ele. “A minha mãe abriu a primeira loja de sexo do Canadá. Então eu não sou puritano. Eu sou tão liberal e de mente aberta quanto você.”

Dizer que o estágio de drag não é sobre a sexualidade dos artistas, simplesmente não é verdade e, fingir que uma criança seria uma exceção é desonesto, acredita Amitay.

“Quem conhece a história das drag queens sabe que existe um componente sexual. É o único componente? Não. Mas é uma grande parte disso.

As pessoas não vão [ver as drag queens] por causa da sua personalidade, elas não vão lá porque acham que são inteligentes ou encantadoras, embora o charme possa ser parte da persona. Eles vão por essa outra parte.

Amitay sublinhou que ele não iria passar um julgamento sobre este caso particular, mas há um registo de artistas profissionais que acham difícil manter a personalidade sem buscar a atenção de grandes audiências. Uma criança drag queen pode estar em maior risco de desenvolver tais problemas, acredita ele.

“Se alguém no final da adolescência ou um adulto quiser se envolver nisso – ótimo. Mas quando és criança e ainda estás a tentar descobrir quem és, ainda estás a tentar compreender quem és no mundo – e isso é puramente sobre a sua imagem e a sua sexualidade, independentemente do que eles querem reivindicar – que terá um impacto duradouro sobre a maioria das crianças”.

Fonte:

https://www.rt.com/news/449116-child-drag-queen-scandal/

Leitura Psíquica Com Graciano Constantino

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