França Pede À Apple E Ao Google Para IGNORAR Protecções De Privacidade
Os governos do mundo estão a espalhar uma rede de vigilância total para rastrear todos os seres humanos e tudo o que fazem. Este é um cumprimento dos requisitos originais da Tecnocracia da década de 1930. A França é perfeitamente clara: quer TODOS os dados pessoais AGORA. ⁃ Editor TN
A França tornou-se o primeiro país do mundo a convidar abertamente os gigantes da tecnologia do Vale do Silício a remover as protecções de privacidade durante a pandemia chinesa do Coronavírus, a fim de introduzir uma “solução soberana de saúde Europeia” que acompanharia os movimentos dos cidadãos.
O governo Francês pretende apresentar um aplicativo de rastreamento de contactos até 11 de Maio, quando o país deverá facilitar as medidas nacionais de quarentena que foram introduzidas em Março.
A França e a União Europeia como um todo posicionaram-se a favor de uma abordagem centralizada para o rastreamento de cidadãos, na qual os dados seriam armazenados em servidores do governo e monitorados pelos serviços de saúde estaduais.
Actualmente, o sistema operacional da Apple impediria essa abordagem, pois A sua função Bluetooth proíbe o rastreamento constante em segundo plano se os dados forem removidos do dispositivo. A França alega que essa protecção de privacidade impediria o governo de desenvolver O seu aplicativo de rastreamento de contactos.
“Estamos a pedir à Apple que levante o obstáculo técnico para permitir que desenvolvamos uma solução de saúde Europeia soberana que se ligue ao nosso sistema de saúde”, disse o ministro digital da França, Cédric O, à Bloomberg News.
O sistema que está a ser desenvolvido pelo Google e pela Apple, que será disponibilizado mundialmente no próximo mês, adoptará uma abordagem descentralizada do rastreamento, com os dados restantes no telefone do usuário em vez de serem colectados num servidor central.
A União Europeia sustentou que os aplicativos de rastreamento de contactos devem ser voluntários, proteger a privacidade individual e desmontados após o levantamento das restrições à pandemia. No entanto, um grupo de quase 300 especialistas em privacidade avisa que os aplicativos podem ser usados para introduzir um estado de vigilância.
“Estamos preocupados com o fato de que algumas” soluções “para a crise possam, por meio da fuga da missão, resultar em sistemas que permitiriam uma vigilância sem precedentes da sociedade em geral”, escreveu o grupo numa carta aberta.
“Algumas das propostas baseadas em Bluetooth respeitam o direito à privacidade do indivíduo, enquanto outras permitiriam uma forma de vigilância do governo ou do sector privado que dificultaria catastroficamente a confiança e aceitação de tal aplicativo pela sociedade em geral”, acrescentou o grupo.
“Instamos todos os países a confiar apenas em sistemas sujeitos a escrutínio público e que preservem a privacidade por design (em vez de existir uma expectativa de que serão controlados por uma parte confiável), como um meio de garantir que os direitos de protecção de dados do cidadão sejam mantidos”, concluiu o grupo.
O parlamento Francês debaterá o aplicativo de rastreamento de contactos no final deste mês, e o Comissário Europeu do Mercado Interno e dos Serviços, Thierry Breton, disse ao Senado francês que iria discutir o assunto com o CEO da Apple, Tim Cook.
Fonte:
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