Coronavírus: Heathrow Começa a Testar Controlo De Temperatura Dos Passageiros

O chefe do aeroporto de Heathrow disse aos parlamentares que começou a testar  em larga escala a temperatura dos passageiros, a medida que a indústria da aviação luta contra o coronavírus. Ele disse que os controlos já estão a ser realizados nas portas de embarque em pessoas que vão a lugares onde o controlo é um requisito.

John Holland-Kaye instou o governo a elaborar um plano sobre quais padrões comuns os aeroportos deveriam adoptar.

“Se deseja-se reiniciar a economia do Reino Unido, é necessário reiniciar o sector de aviação”.

Holland-Kaye disse que a introdução de padrões comuns permitirá que as companhias aéreas comecem a voar novamente com mais frequência. Milhares de voos foram cancelados devido a restrições de viagem relacionadas ao coronavírus.

Tim Alderslade, chefe- executivo da Airlines UK, que também estava a dar provas, disse aos parlamentares que as companhias aéreas delinearam três níveis de medidas, com a ideia de que cada país adopte um nível específico.

Qualquer vôo entre dois destinos teria que estar em conformidade com o nível mais alto, com funcionários a usarem equipamento de protecção individual e todos os passageiros a usarem máscaras sob o nível mais estrito três, por exemplo.

Várias companhias aéreas escreveram ao governo sugerindo um “sistema classificado” de restrições para conter a propagação enquanto é elaborado uma solução mais duradoura.

“Não podemos dar-nos ao luxo de esperar”

Holland-Kaye disse ao comité de selecção de transportes: “Se formos informados de que a única solução até que possamos receber uma vacina dentro de 12 a 18 meses é distanciar-se socialmente num aeroporto, serão cortados dezenas de milhares de empregos.

“Não podemos esperar muito tempo para voltar a voar”, acrescentou.

Holland-Kaye pediu apoio adicional do governo para o sector de aviação, enquanto luta contra a crise do coronavírus.

Ele argumentou que os governos francês, alemão e norte-americano, que forneceram grandes pacotes de resgate sob medida para as suas indústrias de aviação, os consideraram “fundamentais” e sugeriram que esse não era o caso no Reino Unido.

O chefe de Heathrow também revelou que ainda não falou com o secretário de transportes do Reino Unido, Grant Shapps, desde o início da pandemia.

Em comparação, ele disse que o chefe do aeroporto principal de Paris, Charles de Gaulle, disse-lhe que fala todos os dias com o equivalente ao secretário de Transportes da França desde o início da crise.

John Holland-Kaye disse que era uma “imagem muito diferente” no Reino Unido, embora ele tenha dito que o aeroporto tinha “chamadas regulares” com o ministro júnior do Reino Unido, encarregado da aviação.

“Não está claro que o governo (do Reino Unido) entenda o papel estratégico que a aviação desempenha para a economia”, disse ele.

O Comité de Selecção de Transporte foi informado de que um grande número de empregos na linha de frente em Heathrow estava em risco, a menos que as operações fossem retomadas em breve.

A audiência segue o anúncio da Virgin Atlantic na terça-feira de que vai cortar mais de 3.000 empregos no Reino Unido e que está a encerrar a sua operação no aeroporto de Gatwick por enquanto.

A Virgin Atlantic, que está em processo de solicitação de empréstimos de emergência do governo, disse que os empregos serão perdidos em todos os aspectos.

Actualmente, a companhia aérea emprega um total de cerca de 10.000 pessoas.

Enquanto isso, os pedidos de reembolso de voos cancelados são “exagerados”, segundo Alderslade, da Airlines UK.

Ele disse que era impossível cumprir a lei, que exige um reembolso dentro de sete dias. Ele disse que deveria haver um sistema que informasse aos passageiros que é fisicamente impossível de cumprir.

Fonte:

https://www.bbc.co.uk/news/business-52558759

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