Restrições Ao Coronavírus Permanecerão Se Um Grande Número Recusar A Vacina, Alerta A Task-Force Do Reino Unido
As restrições ao coronavírus permanecerão em vigor se um grande número de pessoas se recusar a tomar a vacina contra o COVID-19, alertou uma task-force do Reino Unido.
Teme-se que milhões de britânicos possam optar por não serem vacinados contra o coronavírus, com muitos sendo influenciados por reivindicações anti-vax desmascaradas on-line. Vários estudos científicos desmentiram alegações anteriores de anti-vaxxers, incluindo a alegação falsa de que a vacina anti-sarampo pode causar autismo.
Mas duas pesquisas recentes mostram que uma grande proporção de britânicos é contra uma vacina contra o coronavírus ou não tem certeza sobre a possibilidade de tomar uma.
Na segunda-feira, o governo anunciou que assinou acordos com empresas farmacêuticas para garantir 90 milhões de doses de vacinas COVID-19.
Isso representa mais de 100 milhões de doses de uma vacina da Universidade de Oxford que está a ser desenvolvida pela empresa AstraZeneca. As descobertas dos seus primeiros testes em humanos, publicadas na segunda-feira, mostraram que a sua vacina é segura e induz uma reacção imune.
Kate Bingham, presidente da task-force de vacinas do governo, criticou os que apoiam os anti-vaxxers.
“A vacinação tem sido uma força incrivelmente positiva para o bem na sociedade global e essas pessoas não estão a ajudar a si mesmas ou a outras pessoas ao enviar uma mensagem anti-vax”, disse ela.
Bingham disse: “Se um grande número se recusar a recebê-lo, acho que sim, há um problema”.
Ela acrescentou: “Actualmente, estamos a viver num mundo em que não temos milhões de crianças que morrem na infância.
“O último caso de varíola foi na década de 1970. A poliomielite agora é muito rara.
“A vacinação teve um benefício massivamente positivo para a sociedade e, se conseguirmos um grande número de pessoas vacinadas, as restrições que estamos a enfrentar actualmente deixarão de existir e voltaremos ao normal.
“Mas, inversamente, se um grande número de pessoas da coorte certa, aquelas que estão sob maior risco de infecção por COVID, não forem vacinadas, então as restrições terão que permanecer e não voltaremos ao normal até que a vacinação seja realizada.”
Questionada se o Reino Unido deveria introduzir a vacinação obrigatória contra o coronavírus, ela disse: “Isso é um assunto para os políticos, não para mim”.
Bingham disse na segunda-feira que tem esperança de que uma vacina contra o coronavírus esteja disponível até o final do ano.
Fonte:
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