Dois Anos Para Parar A Propagação: Alguns Países Fecharão As Fronteiras Até Pelo Menos 2022
Os Australianos e os kiwis estão a olhar para a possibilidade muito real de ficarem isolados do resto do mundo por pelo menos mais um ano.
Os dois países, muitas vezes elogiados pela imprensa e pela classe de “especialistas em saúde pública” como uma história de sucesso de resposta do COVID-19 (e descritos por nomes como o Dr. Anthony Fauci como países que os Estados Unidos deveriam seguir como modelo de resposta), podem permanecer isolados do resto do mundo até 2022.
Numa conversa com a Australian Broadcasting Corporation na segunda-feira, o secretário do Departamento de Saúde da Austrália, Brendan Murphy, o principal oficial de saúde do país, revelou: “Acho que passaremos a maior parte deste ano com restrições de fronteira ainda substanciais.”
Murphy explicou que isso acontecerá porque eles não sabem muito sobre a vacina, então eles vão jogar pelo seguro e continuar o auto-cerco autodestrutivo indefinidamente.
“Mesmo que tenhamos uma grande parte da população vacinada, não sabemos se isso impedirá a transmissão do vírus”, acrescentou.
A Austrália provavelmente não reabrirá totalmente as fronteiras em 2021, mesmo com a vacina https://t.co/gDyBgyVu41
– The Independent (@Independent) 18 de janeiro de 2021
Quanto às instalações de quarentena obrigatórias de 14 dias para australianos que regressem ao país (que pagam pelos “hotéis de quarentena” de confinamento às suas próprias custas), Murphy explicou que esta política continuaria “por algum tempo”.
A Austrália fechou as suas fronteiras para não residentes em 20 de Março de 2020. Os australianos podem ser capazes de visitar apenas a Nova Zelândia em algum momento de 2021, mas ainda podem estar sujeitos a estadias de 14 dias em instalações de quarentena obrigatórias num ou ambos os lados das suas viagens de ida e volta. A Qantas, maior companhia aérea da Austrália, continua esperançosa com a possibilidade de retornar às operações parciais no final do verão ou Outono.
A Austrália e a Nova Zelândia tiveram os confinamentos mais brutais do mundo.
Quando a Austrália enfrenta uma nova rodada de surtos inevitáveis de COVID-19, os estados muitas vezes transformam-se rapidamente em estados policiais completos e imediatamente destituem todos os cidadãos dos seus direitos fundamentais, racionalizando a decisão porque é necessário “retardar a disseminação” ou “erradicar” o COVID-19. Em Melbourne, por exemplo, os cidadãos não tinham permissão para ficar mais do que alguns quilómetros das suas casas e só podiam sair de casa para exercitar-se, no máximo uma hora por dia.
A Nova Zelândia também parece estar a caminhar na direção do auto-confinamento por tempo indeterminado, com os políticos agora a admitirem abertamente que a nação provavelmente não voltará a abrir para negócios ou viagens de ida ou de volta até pelo menos 2022.
A Nova Zelândia tem políticas draconianas ainda piores do que a Austrália. Cidadãos com teste positivo para o COVID-19 são removidos à força, se necessário, para campos de quarentena vigiados por militares, para lidar com surtos de COVID-19. O país também confina totalmente no caso de um único novo surto da doença, que tem taxa de recuperação de 99,8%. Os líderes do país estão “otimistas” de que começarão o seu programa de vacinação em algum ponto em meados de 2021. O auto-confinamento da Nova Zelândia fez com que inteiros setores da sua economia entrassem em colapso indefinidamente.
Fonte:
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